Colombo, em roteiro de visitas, palestra para universitários no Planalto Norte
“Eu sinto nas pessoas que há um desejo de algo novo. Elas não pedem obras, mas sim postura e ética”, revelou o senador Raimundo Colombo para cerca de 300 acadêmicos no campus da Univille - Universidade da Região de Joinville - em São Bento do Sul, na noite de sexta-feira, dia 26. O senador iniciou no Planalto Norte uma série de palestras voltadas aos universitários, professores, empresários e comerciantes. Na noite de quinta-feira, dia 25, em Porto União, foram os estudantes da UNC - Universidade do Contestado - que ouviram o presidente do Democratas de Santa Catarina falar sobre o cenário político atual.Nos encontros, os participantes puderam fazer perguntas a Colombo, que abordou principalmente a crise política brasileira e as deficiências do País. Entre elas, o senador catarinense destacou a precariedade do ensino público. Segundo ele, o ensino fundamental oferecido pelas escolas da rede pública não prepara o adolescente para o vestibular. “Quem estuda nas universidades públicas são aqueles que puderam se preparar, pagando bons colégios”, afirmou. Para Raimundo, a maioria das escolas públicas não tem bons professores porque paga baixos salários aos profissionais.O sistema público de saúde e as suas dificuldades também foram assuntos abordados por ele. Raimundo Colombo defendeu a profissionalização dos serviços prestados aos usuários do Sus. Para o senador, “não adianta construir hospitais e postos de saúde se o trabalho prestado não for eficiente, e acima de tudo, mais humano”. O democrata citou ainda o exemplo da Alemanha, onde existe curso superior especializado em gestão pública.Colombo acredita que Brasília está mesmo muito distante das pessoas e que isso explica muitos dos problemas enfrentados pelos brasileiros. “Eu defendo uma política mais humana e comunitária”, completou. Segundo o senador, um novo modelo de Estado precisa ser discutido e exigido pela sociedade, representada pelas comunidades acadêmicas, empresariais, comerciais, entre outras.Uma das questões mais levantadas nas palestras foi o afastamento do presidente do Senado, José Sarney. O senador explicou que “o ideal seria que ele tomasse esta iniciativa, para o procedimento das investigações”. Raimundo disse temer apenas pelo esquecimento dessas e das denúncias que ainda possam vir à tona. “Se ficarmos nesta discussão - se sai ou não o Sarney - corremos o risco de perder o foco de buscar solução para os escândalos”, afirmou.
Fonte: Folha Blu
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