Homens Socráticos
Hoje, enquanto aguardava minha vez de cortar o cabelo, foleava despreocupadamente um livro, adquirido por módicos três reais em um sebo no centro da cidade. O livro em questão faz parte da série sobre a história universal e o título que comprei tratava acerca da Grécia em seu período de ouro durante a regência de Péricles e as guerras fratricidas, ou peloponésias como queiram chamá-las. Como o tempo custava a passar comecei a ler atentamente sobre Sócrates, aquele grande pensador que em muito contribuiu para os gregos e para a humanidade. Achei interessante uma parte em que um sofista o interpele, segundo Xenofonte, e lhe fala: Tu levas uma vida que nenhum escravo poderia suportar, nunca ele se contentaria com tão pouco alimento, bebida e vestuário. Devo reconhecer que me dás lições de pobreza. Ao que Sócrates responde: Aprecias tu mais os teus pratos suculentos do que eu aprecio o meu alimento? Pareces julgar que a felicidade reside numa vida custosa, cheia de coisas supérfulas. Em co