Meio ambiente e ensino básico

Todos os alarmes em voga nos últimos anos só nos lembram algo esquecido e fundamental: parte do que é o ser humano é a natureza. Parte do mundo em que vivemos é o ambiente concreto regido pelas forças do universo.

A humanidade olha com pavor os recentes fenômenos climáticos e se dá conta do seu momento histórico: nunca fora produzido tanto lixo, nunca emitimos tantos gazes que desvirtuam os sistemas elementares de vida terrena.

Parece-me contraproducente o jovem saber da oxidação dos álcoois e desconhecer educação básica de reciclagem. O esquema de divisão sistemática de disciplinas nos ensinos fundamental e médio lembra o modelo positivista de Augusto Comte, que expressava exagerada fé na racionalidade formal.

A ciência, porém, não é estática e sua construção não é retilínea. Por isso, a visão crítica e o esforço interpretativa são requisitos, não só para a cidadania, mas até mesmo para o mundo da ciência.

As próximas gerações necessariamente terão consciência e
informações relacionadas às conseqüências ambientais da técnica. Não por vanguarda intelectual do sistema de ensino, pois este não alcança a velocidade da informação no mundo de hoje.

As próximas gerações, inconscientemente, tomarão uma decisão entre prosseguir sua curiosidade tecnológica ou recuar ante a
ameaça ambiental.

Pode ser que homem crie condições artificiais de sobrevivência na Terra ou noutros astros, pode ser que não existam mais homens. Talvez exista uma terceira opção e por isso devemos incentivar nossos jovens a refletir sobre esse problema desde já.

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