A sutentabilidade complexa

Durante a década de noventa, quem fazia alarde sobre os problemas ambientais era tido como reacionário ou era tratado com desdém por diversos setores da sociedade. No inicio desse século, porém qualquer agenda, seja pública ou privada, não pode deixar de constar na sua ordem do dia a questão ambiental.
Apesar da consciência ambiental ter avançado no senso comum, não basta focarmos somente neste objetivo sem levarmos em consideração as causas que fizeram com que o planeta chegasse ao atual estágio. Ao se falar em sustentabilidade, logo o pensamento que ocorre para a maioria dos cidadãos é de conservar o meio ambiente, proteger as florestas e seus ecossistemas. Um planeta sustentável é bem mais do que isso.
A sustentabilidade deve ser encarada com três enfoques distintos que estão, no entanto, intrinsecamente ligados e devem ter sua importância equiparada: A esfera socioeconômica, ambiental e geopolítica. Não se pode ter esperança de parar os ataques à floresta amazônica sem se preocupar com o imenso número de brasileiros que tem na extração vegetal sua principal fonte de renda. De que adianta termos uma árvore em pé e dúzias de famílias sofrendo o flagelo da fome?
De forma alguma a questão acima é um incentivo a destruição de nosso grande patrimônio amazônico, mas sim uma reflexão de que devemos ter atitudes mais complexas, menos simplistas e pontuais para atacar um determinado problema.
A concepção de planeta sustentável deve obrigatoriamente englobar os três aspectos expostos acima. Sem a devida atenção a um, com certeza o outro sofrerá em maior ou menor grau, independente do tempo que isso leve.
Mas a grande questão é de como se chegar à esse ideal de planeta? Para essa questão a presente dissertação não traz a resposta mas sugere a reflexão de que as ações para sanar um determinado problema levem em consideração às demais esferas de sustentabilidade.

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