Cota e Vestibular: inequação
As cotas não existem pelos negros serem pobres, mas por sofrerem com preconceito racial. Então a questão é: existe realmente preconceito racial no Brasil? Eu acho que sim. Mas como melhorar essa situação?
A justifica das cotas para negros no acesso à universidade pública é garantir à longo prazo um cenário onde negros ocupem posições sociais respeitáveis. Isso diminuiria o preconceito.
O que eu acho? É uma hipótese demasiadamente ousada para ser aplicada desse jeito. Pelo fato do vestibular ser um concurso meritocrático, as cotas irrompem um sistema outro: um sistema de mérito, de competição, exige valores próprios. Desse modo, cota no vestibular é contraproducente. Gera, não ameniza, o preconceito racional.
Tendo a concordar, portanto, com Reinaldo Azevedo quando este propõe a queda do vestibular. Cota e Vestibular, eis a inequação desnecessária.
Incoerência
Uma observação: A proposta das cotas é praticamente consenso entre os grupos marxistas, que freqüentemente se digladiam dentro dos órgãos decisores da UFSC. Estes são tão democratas que sempre consideram importante "debater mais" sobre as decisões. Quando o Conselho Univesitário não "debate mais", sempre mais, eles invadem reitoria, picham paredes, manifestam das mais variadas formas. Algum estudante reclamou mais debates sobre as cotas?
A justifica das cotas para negros no acesso à universidade pública é garantir à longo prazo um cenário onde negros ocupem posições sociais respeitáveis. Isso diminuiria o preconceito.
O que eu acho? É uma hipótese demasiadamente ousada para ser aplicada desse jeito. Pelo fato do vestibular ser um concurso meritocrático, as cotas irrompem um sistema outro: um sistema de mérito, de competição, exige valores próprios. Desse modo, cota no vestibular é contraproducente. Gera, não ameniza, o preconceito racional.
Tendo a concordar, portanto, com Reinaldo Azevedo quando este propõe a queda do vestibular. Cota e Vestibular, eis a inequação desnecessária.
Incoerência
Uma observação: A proposta das cotas é praticamente consenso entre os grupos marxistas, que freqüentemente se digladiam dentro dos órgãos decisores da UFSC. Estes são tão democratas que sempre consideram importante "debater mais" sobre as decisões. Quando o Conselho Univesitário não "debate mais", sempre mais, eles invadem reitoria, picham paredes, manifestam das mais variadas formas. Algum estudante reclamou mais debates sobre as cotas?
Comentários
Reparem nesses dados do PNAD - Pesquisa Nacional po Amostra de Domicílios:
Brancos pobres: 34,2%
Negros pobres: 7,1%
Pardos pobres: 58,7%
Negros + pardos pobres: 65,8%
Aí o governo pega o valor negros + pardos e diz que é tudo negro, mas na realidade não é. Mais uma vez o Lula está mentindo e enganando as pessoas dizendo que mais da metade do país é formado por negros.
No Brasil o preconceito contra os pobres. Denominado Classismo.
Mas tu tocaste em outro ponto crítico para formulação de políticas públicas contra racismo: a dificuldade de criteriar os negros. Eu continuo com a opinião de que a melhor política pública contra o racismo é a de não haver política pública contra racismo, ou seja, radicalizar a igualdade e não seccionar a sociedade.
Existe algo que definitivamente a reserva de cotas não é: armadilha do governo Lula. Porque, como descrevi no post, quem delibera a forma de ingresso à UFSC é o Conselho Universitário, formado por professores, estudantes e funcionários. É importante saber os culpados, o Conselho Universitário é o alvo, não perdê-mo-lo de vista. Vamos fiscalizar as discussões em 2008!
Mas não quer dizer nada que o conceito de direita e esquerda não existam. Agora discordar de uma pesquisa que diz que raça não existe é demais.
E sobre o culpado ser o Lula, ele é mesmo culpado porque ele assinou um decreto dizendo que até 2010 todas as universidades federais tenham as cotas. Se não é ele o culpado quem mais será?
Eu?
Eu não quis questionar aquela pesquisa e não vejo nada demais em questioná-la. Ao contrário, acho o mínimo que podemos fazer. A ciência não é absoluta. Se até a matemática e a física, as duas ciências mais sólidas, vivem um momento de revoluções teóricas, quem dirá essa pesquisa, a qual desconhecemos os critérios e pressupostos.
Se não foi o Lula então quem foi?